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Um site para pensar sobre tudo e chegarmos sempre a um singular pensamento final: sabermos que nada sabemos.
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Tiago Pimentel
Críticas dos leitores para: tiago_pimentel@hotmail.com

terça-feira, agosto 31, 2004

De Regresso

Com os post its espalhados um pouco por toda a parte a anunciarem o regresso às aulas e a propaganda do material escolar, serve também este post para anunciar o regresso à funcionalidade deste blog. Os meus vinte dias a (re)descobrir a Europa foram especiais e demasiado complexos para contar de uma só vez. Brevemente segue-se o primeiro capítulo: Paris.

Tiago Pimentel

segunda-feira, agosto 09, 2004

Blog on Vacation

De vez em quando também tem de ser. Mas voltarei no fim do mês com a promessa de recuperar os dias perdidos.

Boas férias para quem ainda as tiver,

Tiago Pimentel

sábado, agosto 07, 2004

Um Mundo Perfeito

Estava a fazer zapping pela minha vastíssima playlist de músicas no computador quando me confrontei com uma raridade: um medley de músicas da Disney cantado pela Barbra Streisand, com a sua filha de 5 anos ao colo, frente a uma plateia bem composta. Ela começa por dizer que a coisa mais preciosa da sua vida é uma pessoa muito especial, alguém que não se preocupa com a sua orientação política ou com a sua voz. A sua filha de 5 anos, claro. Não é possível, para nós, relembrarmos e recuperarmos essas memórias de uma forma específica de sentir e pensar, quando ouvíamos uma música como When you wish upon a Star, do Pinóquio. Ainda hoje me parece um dos mais poderosos hinos a uma dimensão de emoções que uma certa forma de pensamento “adulto” decidiu discriminar. Não sei se por receio de confessarem um retrocesso para idades mais ingénuas ou por complexos freudianos mais complexos, o certo é que o universo dos desenhos animados e todo o seu imaginário é encarado com alguma distância por parte do público mais adulto. Como se fosse um bicho indesejado e do qual se torna necessário esclarecer a nossa indiferença. Como se dessa indiferença, dependesse o nosso crescimento... a nossa maturidade.

Apetece-me fazer de advogado do diabo e reformular a mesma questão: e se o nosso crescimento dependesse da aceitação de todos os imaginários, animados ou não, para nos desafiarem constantemente a percepção e o pensamento? São mundos diferentes, não nego, o de um adulto e de uma criança. Um adulto preocupa-se com a legitimidade da intervenção no Iraque e uma criança preocupa-se com um boneco de madeira que se quer transformar num menino a sério. Mas, por uns momentos, gostava de regressar a esse olhar, confesso. Porque sinto que, no meio de tanta informação a contaminar o mundo, não estou a dar a atenção suficiente ao boneco de madeira. Ou à jovem que tem de regressar do baile antes da meia-noite. Ou à princesa amaldiçoada pela bruxa. Sinto-me alienado na minha própria maturidade. Talvez seja esse o preço a pagar pelo crescimento. Isto é, percebermos que o boneco de madeira poderá nunca chegar a ser humano. Ou, pior, que um boneco de madeira nunca poderá ser humano. É nesta circunstância que, infelizmente, muitos espectadores adultos entram para um objecto de rara beleza como Pinóquio. Vi o filme muito novo mas, ao longo dos anos, tenho-o revisto várias vezes e mantém-se como um dos meus filmes de cabeceira. Mas gostava de olhar para o filme novamente com os olhos de criança que, reconheço, já não tenho. Os olhos que reconhecem a fada azul como mais uma componente do mundo real.

Tento recuperar essa visão mas, de facto, já não me lembro. Pertencem a um tempo onde as memórias já deram lugar a ideias e imagens vagas. Mas, no entanto, são imagens e ideias às quais associo sensações de fascínio, admiração, felicidade, realização... Talvez seja comum a todos nós esse fascínio pelo passado... pelas imagens que definem as memórias do nosso crescimento. E quando percebemos que já não é possível revivê-las (nem mesmo revivendo o filme) é mesmo uma das maiores amarguras que guardamos no nosso corpo. Mas, ao ouvir a Barbra Streisand a cantar, recebi de novo essas memórias. De repente, o meu coração voltou a recordar essa magia e, de olhos fechados, revi finalmente algumas das imagens que julgava perdidas no tempo. Não é a mesma coisa, é certo, mas a riqueza humana era tão grande que decidi perder-me nesses momentos mais um pouco. A música acabou. Abri os olhos. Tentava agora reencontrar o meu lugar no tempo. No monitor tinha-me aparecido uma janela de popup onde se podia ler uma publicidade qualquer a um casino. Na televisão falava-se de crianças a morrerem no mundo com doenças que nem sequer compreendiam. E, com alguns ecos ainda dentro de mim, apercebi-me que, de facto, ainda não conseguimos que o boneco de madeira se transformasse num menino de verdade. E relembrei-me, também, porque razão procurei regressar ao mesmo olhar que a filha de Barbra Streisand. Por momentos consegui. Por breves instantes, deixei de ser feito de madeira.

Tiago Pimentel

domingo, agosto 01, 2004

Como já várias pessoas terão reparado - umas já me questionaram directamente - a minha coluna de estrelas da Premiere deste mês está incorrecta. O melhor elemento para medir esse erro é a classificação de 4 estrelas que aparece no «Fahrenheit 9/11» (onde apenas uma bastava, na impossibilidade de se dar zero na revista). Mas, depois de explorar um pouco mais as várias colunas, apercebi-me que não era apenas a minha coluna que tinha os valores trocados; também as de outros colegas meus aparecem trocadas. Bom, são erros que acontecem e se compreendem, mas para manter a coerência intacta, deixo aqui as classificações correctas:

Fahrenheit 9/11 : 0
A minha vida sem mim: 3
Cypher: 3
Harry Potter : 4
Homem-Aranha 2 : 3
Minha Mãe: 3
Shrek 2: 4
Sonny: 2

Tiago Pimentel

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