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Tiago Pimentel
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domingo, setembro 21, 2003

As novas tendências do cinema

Bem, o título deste segundo post poderia sugerir um texto sobre as novas tendências do cinema contemporâneo, nomeadamente as novas e inquietantes coordenadas que a despreocupação cinematográfica de Matrix Reloaded infligiu sobre o cinema clássico. Evitando então um texto facilmente catalogado de Velho do Restelo - mas com a promessa de regressar a este tema - prefiro recair sobre a dimensão simbólica, se quiserem, das novas tendências cinematográficas. A saber: as novas formas de ver cinema. Obviamente que o DVD é a alternativa mais justa para um filme que saiu das salas, mas há uma tecnologia que me parece importante referir para completar a experiência áudio-visual que um DVD permite e que um televisor acaba por condicionar. Falo-vos da tecnologia LCD dos projectores frontais. Tive um Epson Tw100 cá em casa a testar durante uma semana e fiquei francamente impressionado com as potencialidades do aparelho. Consegue reconstruir, na medida do possível, a experiência de regressar às salas. Enfim, ainda é uma tecnologia cara com tendência cada vez maior para descer os preços. Este Tw100 foi o aparelho que ganhou o prémio EISA o ano passado e é coisa para custar a modesta quantia de 6000 euros, mais coisa menos coisa. Boas notícias: a Epson vai lançar no princípio de Outubro o novo modelo TW-10 que está a ser aclamado pela crítica como o melhor projector na relação preço-qualidade. Estamos a falar de um aparelho para 1000 e poucos euros. Também a Sony se prepara para lançar os seus novos Hs-3 e Hs-20. O mercado está a evoluir vertiginosamente e quem ganha é o consumidor. Ainda assim, os projectores parecem-me uma tecnologia ainda dirigida apenas para o público cinéfilo. No fundo, o desejo do consumidor é reconstruir a sala de cinema em sua casa. Mas há algo que se perde e nunca se recupera. É impossível reconstruir o ritual que uma ida ao cinema simboliza. Seja como for, esse mesmo ritual tem sido desconstruído e até menorizado ao longo dos tempos. A evolução tende para uma desmistificação de tudo isso, de tal forma que o cinema do futuro poderá mesmo ser projectado num lugar que não tem que ser necessariamente uma sala de cinema. Isto será bom ou mau? É normal termos medo da mudança mas é um erro infantil pensarmos que o cinema morrerá com isso. Ele continuará a existir, mesmo que com outro nome. E nós cá estamos para pensar a evolução.

Tiago Pimentel

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