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Tiago Pimentel
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sexta-feira, setembro 26, 2003

O CONFESSIONÁRIO - You Must Be Kid(ding)man!



Será habitual na última sexta-feira de cada mês falar sobre algo que marcou a mediatização televisiva do respectivo mês. A rubrica chama-se Confessionário - quaisquer semelhanças com aquela divisão de uma certa casa onde o discurso oscila entre a má-língua e a obsessão casamenteira é pura e triste coincidência. Enfim, foi um mês marcado por pontualidades futebolísticas (o Porto-Benfica), pelas colocações universitárias e respectivas polémicas de papel higiénico na cidade que irá receber os veteranos Stones (ah, they can't get no satisfation). A propósito das colocações universitárias, o Instituto de Emprego e Formação Profissional revelou que o índice de desemprego, entre Julho e Agosto, subiu 0,4% (mais 26,% que o ano passado). Dos 420.891 indivíduos à procura de emprego, 15,5 por cento (65.164 pessoas) tinham menos de 25 anos (os futuros doutores e engenheiros que entram de brilho sibilante no olhar para as respectivas universidades). Enfim, num mês marcado também pelo lançamento do livro para crianças escrito pela verdadeira (ora pois!) rainha da música POP - Madonna - apetece-me, no entanto, que o tema do Confessionário deste mês seja algo de marginal e desafiante para a própria comunicação social mundial.

Falo, como devem ter visto pela fotografia e respectivo título, da forma como a actriz Nicole Kidman tem sido tratada no período pós-Óscares. Em primeiro lugar, há que relembrar os imensos projectos em que Kidman se meteu depois de ter ganho o Oscar pelo seu notável retrato de uma senhora chamada Virginia Wolf em «As Horas». Para além de «Dogville» (de Lars Von Trier), «Human Stain» (de Robert Benton) e «Cold Mountain» (de Anthony Minghella) - ambos de 2003 - a actriz tem ainda reservados «Birth», «The Stepford Wives» e «The Interpreter» para 2004 e «Emma's War» e um filme ainda sem nome sobre Alexandre, o Grande, ambos para 2005. A sobrecarga profissional a que Kidman se submeteu em conjunto com algumas dietas mais rigorosas forçaram a actriz a internar-se num hospital. Como se já não bastasse, parece que alguém anda mesmo a tentar sabotar a carreira desta actriz americana que cresceu na Austrália. Ainda há pouco tempo, no festival de Toronto, alguém veio divulgar, em nome da actriz, aquilo que ficou conhecido como uma extensa lista de "don'ts", ou seja, uma série de assuntos que a actriz se recusava a debater com a imprensa. Kidman desmentiu essa lista e disse que ninguém, com a sua autorização, iria dizer tal disparate. A Miramax chegou mesmo a exigir um pedido de desculpas pelo sucedido. É fácil de perceber que a imprensa tente descobrir algo de diferente em Kidman, sobretudo depois de ter ganho o Oscar (quase todas as actrizes se tornam insuportáveis uns tempos depois de ganharem a estatueta dourada - é necessário relembrar Julia Roberts?). Mas Kidman continua a mesma, a trabalhar em projectos formal e experimentalmente arrojados, sempre desafiando-se enquanto actriz e pessoa. É fácil de perceber que alguém esteja tão interessado em querer abalar a sua carreira. E parece que estão a conseguir. É mesmo caso para perguntar: Quem Tramou Nicole Kidman?

Fim de Confessionário



Tiago Pimentel

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