A crítica dos leitores
A Andreia Martins escreveu-me a propósito do novo filme de Clint Eastwood partilhando o seu entusiasmo pelo rigor da realização e o desempenho notável dos actores:
Adorei "Mystic River", é um filme sobre um grupo de amigos em que um deles é violado por uma dupla de pedofilos. O filme desenrola-se a partir daí para a idade adulta onde mostra o tal grupo de amigos já dividido, cada um na sua vida. O problema é quando a morte da filha de um deles desencadeia um tumulto e o grupo tem que se voltar a falar. Velhos traumas vêm ao de cima e a amizade e o amor têm que ser postos à prova. O filme é muito negro e parece que não vê mesmo esperança nenhuma para o triunfo do amor. É um dos filmes mais cínicos que alguma vez vi. Mas o que mais preocupa é que não conseguimos deixar de nos sentirmos identificados com o filme, sobretudo com a personagem do Sean Penn (magnifico!!!!). Mas o actor mais sublime ainda é o Tim Robbins, deve ser muito complicado conseguir encarnar uma personagem assim tão traumatizada sem parecer apenas um conjunto de maneirismos. Mas todo o elenco está acima da média, até a magnífica Laura Linney no seu discurso fatal no fim do filme consegue "consumir" Sean Penn. Espero que o filme consiga chegar aos Oscars embora também saiba que é um filme que apresenta uma visão demasiado negra para as preferências da Academia. Bem, talvez seja mesmo o mesmo filme de Clint Eastwood, lá nos píncaros com "O Mundo Perfeito" e "Imperdoável". E o Clint nunca filmou tão bem!
Andreia Martins
A Andreia Martins escreveu-me a propósito do novo filme de Clint Eastwood partilhando o seu entusiasmo pelo rigor da realização e o desempenho notável dos actores:
Adorei "Mystic River", é um filme sobre um grupo de amigos em que um deles é violado por uma dupla de pedofilos. O filme desenrola-se a partir daí para a idade adulta onde mostra o tal grupo de amigos já dividido, cada um na sua vida. O problema é quando a morte da filha de um deles desencadeia um tumulto e o grupo tem que se voltar a falar. Velhos traumas vêm ao de cima e a amizade e o amor têm que ser postos à prova. O filme é muito negro e parece que não vê mesmo esperança nenhuma para o triunfo do amor. É um dos filmes mais cínicos que alguma vez vi. Mas o que mais preocupa é que não conseguimos deixar de nos sentirmos identificados com o filme, sobretudo com a personagem do Sean Penn (magnifico!!!!). Mas o actor mais sublime ainda é o Tim Robbins, deve ser muito complicado conseguir encarnar uma personagem assim tão traumatizada sem parecer apenas um conjunto de maneirismos. Mas todo o elenco está acima da média, até a magnífica Laura Linney no seu discurso fatal no fim do filme consegue "consumir" Sean Penn. Espero que o filme consiga chegar aos Oscars embora também saiba que é um filme que apresenta uma visão demasiado negra para as preferências da Academia. Bem, talvez seja mesmo o mesmo filme de Clint Eastwood, lá nos píncaros com "O Mundo Perfeito" e "Imperdoável". E o Clint nunca filmou tão bem!
Andreia Martins
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