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Tiago Pimentel
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segunda-feira, janeiro 19, 2004

Falar dos filmes...

E se fosse possível perverter o modelo romântico, como o conhecemos, e instaurar uma sedutora sexualidade onde já não existe espaço para o amor ou para o erotismo? Aliás, não é bem verdade, existe espaço para tudo isso, apenas não como os conhecemos. E é importante pensar assim quando entramos em «In The Cut». É um filme decisivo para nos mostrar que conhecemos muito pouco das construções cerebrais e emocionais do amor. Mais do que isso, é um filme que nos desafia a acreditar que o amor pode existir na mais impura (de um ponto de vista social, hélas) e carnal das formas: o contrato sexual.

A semana passada vi também o furacão de Hong Kong que foi um verdadeiro fenómeno de bilheteiras do mercado interno. Falo de «Infernal Affairs», primeiro capítulo de uma trilogia que chega agora a Portugal. Vi o filme numa vergonhosa dobragem inglesa que desvaloriza muito um certo lado místico e, ao mesmo tempo, série-b que torna estes policiais tão sedutores (imaginem «Ghost in the Shell» dobrado). Tem coisas muito boas (Tony Leung, os ritmos serenos da montagem, o lirismo da realização, o moralismo desafiador da cultural oriental) e outras menos positivas (os ridículos «flashbacks», alguma incerteza e confusão no argumento, muito pouco interesse quando o filme se afasta de Tony Leung). Em todo o caso, parece-me importante descobrirmos os encantos deste início de uma trilogia que se glorifica já como um fenómeno de culto em Hong Kong.

As estrelinhas e textos mais alargados seguem depois.

Tiago Pimentel

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