Algumas impressões...
Munich, de Steven Spielberg
Classificação:
Por enquanto, só me é possível deixar poucas reflexões sobre um filme que literalmente me desarmou por completo. Uma obra prima máxima, muito mais austera do que alguma vez imaginei, infinitamente mais contundente que o lugar-comum das alegadas consciências políticas de culpa, e uma oração pela paz – promovendo o negativo do feel-good movie... isto é: mergulhando nos infernos irreversíveis e perturbadores daqueles que escolhem o sangue para equilibrar a equação de violência que se desmultiplica. Está, desde já, encontrada uma das experiências cinéfilas mais poderosas de sempre.
Match Point, de Woody Allen
Classificação:
Finalmente, o reencontro com o Allen de topo, aquele que (não) policiava o questionamento moral de Crimes e Escapadelas e que, neste Match Point, volta a descobrir a fábula moral como ponto de partida para as mais trágicas e subversivas leituras da acção humana. Ou ainda: como a presença do destino pode omitir o julgamento moral.
Caché, de Michael Haneke
Classificação:
Fabuloso ensaio de cinema sobre o espaço, as personagens e a emulação de perspectiva. A verdade é, em si mesma, uma realidade plural e inacabada, que aparece como um conjunto de olhares que, pela sua própria natureza, nos imprime toda a obsessão da sua visão. Em última análise, somos confrontados com os enigmas dogmáticos da insuficiência do nosso próprio olhar. Em abstracto, dir-se-ia que é a descoberta do oculto ou do espiritual, com todas as dificuldades e indefinições que esses conceitos encerram em si mesmos. A certa altura, já não sabemos quem olha quem e o quê.
Tiago Pimentel
Munich, de Steven Spielberg
Classificação:
Por enquanto, só me é possível deixar poucas reflexões sobre um filme que literalmente me desarmou por completo. Uma obra prima máxima, muito mais austera do que alguma vez imaginei, infinitamente mais contundente que o lugar-comum das alegadas consciências políticas de culpa, e uma oração pela paz – promovendo o negativo do feel-good movie... isto é: mergulhando nos infernos irreversíveis e perturbadores daqueles que escolhem o sangue para equilibrar a equação de violência que se desmultiplica. Está, desde já, encontrada uma das experiências cinéfilas mais poderosas de sempre.
Match Point, de Woody Allen
Classificação:
Finalmente, o reencontro com o Allen de topo, aquele que (não) policiava o questionamento moral de Crimes e Escapadelas e que, neste Match Point, volta a descobrir a fábula moral como ponto de partida para as mais trágicas e subversivas leituras da acção humana. Ou ainda: como a presença do destino pode omitir o julgamento moral.
Caché, de Michael Haneke
Classificação:
Fabuloso ensaio de cinema sobre o espaço, as personagens e a emulação de perspectiva. A verdade é, em si mesma, uma realidade plural e inacabada, que aparece como um conjunto de olhares que, pela sua própria natureza, nos imprime toda a obsessão da sua visão. Em última análise, somos confrontados com os enigmas dogmáticos da insuficiência do nosso próprio olhar. Em abstracto, dir-se-ia que é a descoberta do oculto ou do espiritual, com todas as dificuldades e indefinições que esses conceitos encerram em si mesmos. A certa altura, já não sabemos quem olha quem e o quê.
Tiago Pimentel
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