É o meu favorito dos filmes nomeados aos Oscars. Sei que dificilmente ganhará, mas a minha admiração incondicional por este filme é exterior a qualquer movimento de celebração do seu valor. O cinema existe nele como se fossem os últimos vestígios de arte no mundo e no Homem. Os silêncios interiorizam uma guerra que nos parece, de uma só vez realista, pelas suas evidências mais cruéis e carnais, e fantasmagórica pela encenação das suas imagens (filmada como se uma neblina se formasse entre os soldados e a guerra que combatiam). Os soldados que corriam naquela ilha eram fantasmas antes de morrerem e a guerra era um sonho que recordava memórias de momentos em que foram vivos. Clint Eastwood filma, não como um americano que força a perspectiva japonesa, mas como um mestre japonês, interior à complexidade e respirações dramáticas do cinema nipónico, gerindo os silêncios e os tempos dramáticos como se sempre tivesse pertencido àqueles lugares. No filme, sentem-se as ligações entre dois lugares, entre dois tempos, entre duas pessoas, entre a vida e a morte. Uma das obras primas maiores da última década de cinema.
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Tiago Pimentel
Críticas dos leitores para: tiago_pimentel@hotmail.com
domingo, fevereiro 25, 2007
É o meu favorito dos filmes nomeados aos Oscars. Sei que dificilmente ganhará, mas a minha admiração incondicional por este filme é exterior a qualquer movimento de celebração do seu valor. O cinema existe nele como se fossem os últimos vestígios de arte no mundo e no Homem. Os silêncios interiorizam uma guerra que nos parece, de uma só vez realista, pelas suas evidências mais cruéis e carnais, e fantasmagórica pela encenação das suas imagens (filmada como se uma neblina se formasse entre os soldados e a guerra que combatiam). Os soldados que corriam naquela ilha eram fantasmas antes de morrerem e a guerra era um sonho que recordava memórias de momentos em que foram vivos. Clint Eastwood filma, não como um americano que força a perspectiva japonesa, mas como um mestre japonês, interior à complexidade e respirações dramáticas do cinema nipónico, gerindo os silêncios e os tempos dramáticos como se sempre tivesse pertencido àqueles lugares. No filme, sentem-se as ligações entre dois lugares, entre dois tempos, entre duas pessoas, entre a vida e a morte. Uma das obras primas maiores da última década de cinema.
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