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Um site para pensar sobre tudo e chegarmos sempre a um singular pensamento final: sabermos que nada sabemos.
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Tiago Pimentel
Críticas dos leitores para: tiago_pimentel@hotmail.com

terça-feira, setembro 27, 2005

31 Canções

Seguindo o exemplo de Nick Hornby e do seu livro «31 Songs» (onde escreve sobre as 31 canções que mudaram a sua vida), aqui fica também uma lista pessoal de 31 músicas que simbolizam, de alguma forma, a banda sonora dos lugares e das emoções que visitei ao longo de vários anos.

Apenas uma regra: LIMITE DE UMA MÚSICA POR BANDA.

Sem ordem específica (excepção feita à primeira canção):

1 – Where the Streets have no Name, U2
2 – Mr. Tambourine Man, Bob Dylan
3 – Who Wants to live forever, Queen
4 – The End, The Doors
5 – Brothers in Arms, Dire Straits
6 – The Power of Love, Frankie goes to Hollywood
7 – Hey Jude, The Beatles
8 – Another Brick in the Wall, Pink Floyd
9 – Secret Garden, Bruce Springsteen
10 – Candle in the Wind, Elton John
11 – Paranoid Android, Radiohead
12 – Nightswiming, REM
13 – Have yourself a Merry Little Christmas, Judy Garland
14 – When You wish upon a Star, Nat King Cole
15 – Imagine, John Lennon
16 – New world, Björk
17 – Life on Mars, David Bowie
18 – Stairway to Heaven, Led Zeppelin
19 – There Goes the Fear, The Doves
20 – Smoke Gets in your Eyes, The Platters
21 – Philadelphia, Neil Young
22 – Better Man, Pearl Jam
23 – Roads, Portishead
24 – Rosa de Hiroshima, Ney Mato Grosso (Secos e Molhados)
25 – Scarborough Fair, Simon & Garfunkel
26 – 1979, The Smashing Pumpkins
27 – Leif Erikson, Interpol
28 – Frozen, Madonna
29 – Jed the Humanoid, Grandaddy
30 – Winter, Tori Amos
31 – Raoul and the Kings of Spain, Tears for Fears


Tiago Pimentel

terça-feira, setembro 20, 2005

Mais uma Rosa Vitoriosa



Uma notinha para dar conta do novo álbum dos Sigur-Rós (Takk...), uma apoteose de paisagens e horizontes sonoros sem limites, definidos pela sensibilidade lírica das guitarras - tocadas como violinos - e enfeitiçados por vozes que, na sua específica codificação linguística, nos parecem universais e indivisíveis. A linguagem é menos uma construção poética discursiva que necessite de tradução para a nossa língua, e mais uma celebração de sons e vozes que se universalizam nas emoções suspensas em cada curva de cada canção. No fundo, é esse o desafio: construir um código que nos seja próximo a todos. Atenção especial para uma Força da Natureza chamada Svo Hljótt, uma imagem catártica de lágrimas a escorrerem para um rio. Pelo menos é essa a minha imagem.

Tiago Pimentel

sexta-feira, setembro 09, 2005

Alguns comentários soltos sobre filmes recentemente visionados:

Cinderela Man

É um mérito, de facto, conseguir tornar uma história tão (re)visitada e trivial, numa aventura humana cativante, bem filmada e melhor interpretada. Há uma concessão comovente em Ron Howard, o cineasta que, antes de o ser, já era actor, daí que esteja tão atento às nuances no trabalho dos actores. A câmara de Howard é discreta e dá espaço aos actores para preencherem as imagens e coexistirem na invisibilidade da câmara e imporem-se como os únicos corpos do filme. O resto é previsível, demasiado linear e o dispositivo melodramático é quase sempre subaproveitado e resumido a sequências episódicas que vão fazendo avançar a narrativa.

Bewitched

Uma comédia demasiado banal e inconsequente, mas pontualmente interessante pelo prazer e talento que actores como Will Ferrell e Steve Carell têm em compor pequenos momentos de humor. Um filme onde Nicole Kidman, mais do que uma actriz, é uma figura que importa a candura da Samantha da série original e equilibra-se nesse modelo frágil, embora adequado ao registo leviano e inconsequente do filme. Duas estrelinhas para a boa-disposição e para as imagens recuperadas da série original.

I Heart Huckabees

David O. Russell é um dos poucos cineastas que já conseguiu apurar um método narrativo (e dramático, porque não?) de impor um escárnio aparente às personagens, sem lhes negar uma dignidade humana genuinamente comovente em toda a sua inteligente sátira. É um filme sobre «o sentido da vida» e, nessa base, será (e tem sido) muito criticado como objecto pretensioso e distante. Confesso-me distante de qualquer um desses rótulos que lhe queiramos colocar, até porque a inteligência e a densidade humana que habitam de forma desconcertante no filme, não me permitem simplismos no pensamento. Um desafio a encarar com disponibilidade mental e afectiva...

Tiago Pimentel

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